quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Abnegação


Ah, ingratidão revelada,
Gotejando do olhar
Do novo predador
Ao transformar-me em presa.

Você se esqueceu
Quando eu cantei
Para sua noite
Não se esmaecer?

Você drenou completamente
O sangue que escorreu
Para nos sacramentar
Quando você estava sozinho?

Ah, mas não darei o gosto
De bater denovo em sua porta
Para dizer o que você sabe
Só para seu cruel deleite.

Estou farta desse jogo
Apenas irei embora...

Irá se arrepender,
Irá sentir saudades,
Eu sei que estará sozinho
Mas aí já será tarde demais.