sexta-feira, 8 de março de 2019

Ruínas
















Amor, o mais doce de todos venenos
Engulo até a última gota deste licor
Buscando te forçar dentro de mim
Para me trazer um momento de verdade.

Minhas lágrimas são inúteis como meus gritos,
O passado já derrubou todas minhas peças
E minha rainha entre o inimigo e seu rei
Treme ao que há em suas costas mais do que à frente.

A poesia irrompe em muitos versos caóticos
Como minha mente que você chama de louca
Na tentativa de expor o cancro sentimental
Que devora a alma daqueles que foram quebrados.

Deixe-me sangrar mais uma vez como antes
Chore entre minhas coxas por seus pecados
Porque aquilo que era sagrado foi corrompido
E eu não sei como reconstruir as ruínas do que você destruiu.