segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sarien














Caindo de forma angular
Num espaço sem gravidade
Sinto os dedos dos pés
Levemente formigarem.

Não há uma razão em mim,
Apesar de racionalizar-me
De forma tão sutil e fria,
Que explique meu cristal.

Protegida por minha pétalas,
Tão forte e tão frágilizada,
Num enigma fatal esmeráldico,
Escondo-me com maestria.

Eu conto contos como quero,
Invento-me a cada nova letra,
Como uma esfinge, como mulher,
Como a última de minha espécie.

domingo, 15 de abril de 2012

Tetraema













Derreto páginas em palavras
Incompreensíveis para mim,
Que estranho a própria
Natureza de ser e existir.

Morreria por cada dia
De sede da liberdade,
Que nasce libertinagem
Na juventude que escoa.

Não há descanso aqui
nesta escura estrada,
Que me leva para longe
De onde eu já conheci.

Talvez eu morra sem saber
Que morro a cada dia,
Que minha vida poetisa
Doces palavras de mim.