quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Cinzas ao deserto

















Esmago meu futuro entre as mãos
Como numa tentativa de extrair
Um pouco mais de esperança,
Pois não restou muito para mim.

No fim somos todos insignificantes,
Apenas nomes e fotos na sepultura
Esperando por flores que não virão,
Esperando por um reconhecimento.

Eu sou um ser insignificante e sei
Que serei como poeira no deserto,
Mesmo assim me rasgarei até o fim
Para que saibam a cor do meu sangue.

Deixo pedaços de mim em cada que amo
E cada coisa que ouso chamar de arte.
No fim de essa triste história morrerei
Esquecida como cinzas jogadas no deserto.

Ainda sim eu clamo desesperadamente:
Lembrem-se de meu nome,
Lembrem-se de minha memória
E tornem-a um pouco mais feliz...

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