domingo, 4 de novembro de 2012

Pheromones

















Entrando em minhas narinas, perfume,
Inebriante, desperdiçando-se pelo ar.
Suas formas perfeitas no doce pecado
Fazem-me esquecer minha forte negação.

Dedos escorregando como água em pedras,
Olhares belos como as folhas já amareladas
Cruzam-se em lábios molhados desejosos.
Tão doce, tão brusco, cobiça glutônica.

Parem os movimentos da minha imaginação!
Destruam os pecados da minha mente!
Não consigo vencer a minha própria volúpia
E desejando, já não sei se devo superar.

Maçã do pecado original, tão mordível,
Tão rubra, tão redondada, perfeita em si.
Espada do pecado final, tão afiada em si,
Tão firme, grande, a perfeição irrefutável.

E em bailes de aromas, sabores e sonhos
Perco-me contando os amores perfeitos
Desfaço-me só para que resconstruir-me
Em desejos rubros e pecados imortais.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Once













I meet you once...
So different, in forms,
In flavors, in colors.

I desire you once...
Between streets,
In letters, lost meets.

So I love you once,
But you change
And I changed too.
Forever in our little disarrange.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Rimata


















Pra quem sonhou em ver o sol
Escondendo-se dos dias
Pra quem sonhou em ser maior
Enganando-me, perdida.

Fechei o zíper do céu
Da boca de quem beijei.
Fechei a chance de ser
Quando lembrei do que deixei.

O sonho de menina no olhar
Pousou no futuro incerto.
Pesadelos terminam no raiar
De mais um dia no inferno.

Carrego um coração calejado
Numa insana mente dilacerada,
Sou um projeto mal finalizado
Como se tornasse uma piada.

Revestindo o conto-canção
Um retorno a ser primata
Dedilho cordas do coração
Ao terminar essa rimata.