Andei por estradas desconhecidas Descalço e perdido, como todos que vi Andei por pradarias seguras Armado e ferido, como muitos dali
Não pude sentir o calor da própria cama Pois quem caminha, eterno é o caminhar Não pude nem sequer me aquecer da chama Que ausentava quando pus-me a lamentar
A Morte é lenta aos que a esperam Mas não tarda aos que se aventuram, Continuarei a caminhar...
Estou cansada dessa maldita hipocrisia
Gente que fazendo o que sua boca condena
Cansada de ver toda essa gente sofrendo
Somente pela deliberada vontade de sofrer
Sim, estou cansada de ver riquinho
Fingindo ser do subúrbio, da periferia
Sem ao menos ter sofrido na pele medo
Aquele que te mata, te esfola, te aflinge
Vida mansa lhes é dada desde o berço
Mas isso seus olhos não querem ver
Viver dor alheia parece ser interessante
Quando se tem tudo para sorrir sem lagrima a derramar
Queria ver seus olhos quando o dinheiro não é suficiente
Quando o carinho e a atenção são inexistentes
Quando suas escolhas não possuem nenhuma opção
Quando a dor cresce a ponto de virar um ódio
Estou cansada dessa gente ver dor nas músicas
E acreditar que sofre igual
Sem ao menos sentir a verdadeira dor
De não possuir letras, não possuir vida e não possuir nada.
Porque resistes ao meu toque? Prometo que se assim quiser Só ficarei mais esta noite e nada mais
Porque me encaras tão afoito? Minhas unhas não o cortarão Só meus lábios permitirei marcar-te
Ah! Não se preocupe com a aurora Não se preocupe com o que te aprisiona Feche teus olhos e te entregue
Acordei para vc, acordei com desejo de ti Sua cama me chama, sua mão me arrepia Entrega-te esta noite e prometo que jamais esquecerá
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Acordei como se acorda dos pesadelos Sem esperança, sem rumo, sem força Minha mente girava, meu corpo ainda tremia Eu ainda temia, confundido os dois mundos
Acordei sem saber o que fazer Com medo de dobrar a esquina e morrer Com medo de almejar algo e não realizar Com medo de ter medo temendo tudo que não devia
Acordei, mas como se num passe de mágica Pude ver a janela aberta, uma falha E eis que o céu era azul e o sol estava ameno Foi então que eu sorri...
Diga uma poesia pra mim Não estas de riminha Não estas bem fodinhas Cite seu coração, se embale...
Conte sobre um mundo perfeito Sem dor, sem mágoa ou morte Conte-me sobre amigos perfeitos Sem brigas, sem traição ou dor
Declame com as narinas abertas Seja convincente desta vez E me abrace depois dela Pois eu só quero é sonhar!