terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Velocímetro feroz
Meu coração se aperta na velocidade
Desse maldito velocímetro louco
Estou acostumada a perder o que amo
Mas a dor de te perder é mais...
Assisti cada nó da sua corda ser tecido
Presenciei todos seus pensamentos suicidas
E mesmo assim eu ainda tive assistir
Seu coração se quebrar na minha frente
Nós nos cortamos como animais feridos
Nós nos apoiamos como cúmplices fiéis
Não quero assistir tudo partir novamente
Ver esse mundo se quebrar na minha frente
Me amaldiçoe, me despedace por inteiro
Mas não se torne apenas uma sombra
Não se lance nesta corrida alucinada
Estou quebrada demais para aguentar
Maldito velocímetro feroz! (engoliu muitos e nunca se sacia)
Não quero entregar mais uma rosa
Não posso ficar sozinha novamente
Porque a dor de perdê-lo é mais... é mais que posso suportar!
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Tempo
E o tempo escoa mais uma vez
O relógio não consegue parar
Minha cabeça gira como ponteiros
Enquanto a ampulheta é virada
Pareço estar atrasada mais uma vez
Ou estou apenas tentando regredir
Mas os segundos se descontrolam
E aos poucos roubam minha vida
O trem já partiu
Perdi horas...
Perdi gotas...
Derramei litros...
Mais um passo neste tempo
Uma nota musical sem som
A pequena caixa de Pandora!
E mais um ano se foi...
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Voô eterno
Me inclino para frente
Em um segundo tudo irá
Ser apenas lembranças
E nada piorará denovo?
Sinto um impulso contrário
Mas desistir não ajudará
O medo apenas impede.
Um segundo e a salvação!
O tempo se desloca
O segundo se desbobra
Meu peito dispara
Minha mente controla
Enfim...
Um voô ao infinito
Uma lágrima final
Seu rosto...
O arrependimento...
Abismo
Me agarro a uma leve esperança
Pulo para a seguinte, sempre subindo
Espero que nenhuma se desprenda
A queda parece maior daqui de cima....
Eu te conheço como ninguém
Você me disseca só com o olhar
Você não consegue entender?
Isso é eterno e irrevogável...
Se esta maré me levar para baixo
Meu último pensamento será seu rosto
Antes que a água invada meus pulmões
E termine tudo que começou há eras
Mas não quero me afogar justo agora
Não seria certo perder com o joker
Somente nós conhecemos o código
Nao seria justo... não agora...
Sou só uma menininha presa numa fita colorida
Sou apenas uma rosa presa em sua redoma de vidro
Esperando pelo vento que a salvará
E tornará sua vida mais leve e doce
Caminhando até a ponta do penhasco
Encaro a água gélida lá embaixo
Hesito por um tempo com tremor
Sobreviverei?
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Numb and Hope
Me sinto totalmente entorpecida
Como se um soco não doesse
Como se nada me alegrasse
Como se a vida se esvaisse...
Me dizem para continuar
Mas tenho sangrado demais
E gritado a plenos pulmões
À uma multidão indiferente.
Eu olho para o céu nublado
E me pergunto no fundo da alma
Quem roubou minha estrela?
Mas não há resposta alguma...
Cadê aqueles que se importavam?
Estou sozinha nisto novamente?
Afundando diariamente em mim?
Temendo o pior, esperando o melhor!?
Vivendo cada dia após outro
Como se estivesse deslizando
Esperando pela rubra cor
Que um dia pintará minha alma.
Cântico dos Piratas
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