domingo, 15 de abril de 2012

Tetraema













Derreto páginas em palavras
Incompreensíveis para mim,
Que estranho a própria
Natureza de ser e existir.

Morreria por cada dia
De sede da liberdade,
Que nasce libertinagem
Na juventude que escoa.

Não há descanso aqui
nesta escura estrada,
Que me leva para longe
De onde eu já conheci.

Talvez eu morra sem saber
Que morro a cada dia,
Que minha vida poetisa
Doces palavras de mim.

2 comentários:

Fidel disse...

Oh, muito lindo esse poema, ficou perfeito!

E o legal nele é que o Tempo é metalinguístico: esta presente na imagem, nas palavras e no tempo mesmo de escreve-lo rs

Vai para a lista dos melhores ;D

Beijos e Txamo!

Matti Lioncourt de Romanus disse...

Dany, fiquei com a sensação de que isso foi escrito por um lado...antigo seu. Assim, como se você já tivesse vivido tudo o que há pra viver e sentisse saudade da sua juventude.

Perfeito, como sempre!