sábado, 22 de junho de 2013

Z


















Sozinha na selva de memórias
Eu tento em vão guardar-te
Como um bem precioso
Protegido de seu destino.

Um vazio novo arranha
Dentro de minhas entranhas,
Tento não rasgar em partes
Muito pequenas para colar.

Mas como não se desfazer
Diante da fatal fragilidade
Que aflige quem amamos
Partindo nosso laço, presença?

Ainda me sinto como aquela
Que costumava comer romãs
Sentada no antigo muro de Berlim
Desafiando as leis da física e modos.

Sua presença eternizada nas veias,
Será a doce inspiração dos poetas,
Será o sopro gélido do inverno,
E a saudade dos que te encontrarão um dia
Na bela paz dos campos da eternidade.



Obrigada por tudo, Tio Zé!
Descanse em paz.

Um comentário:

Drizana Ribeiro disse...

Certamente os ensinamentos dele ficarão enternizados na sua memória,assim como o amor e a saudade que você tem dele.
Sinto muito :(
Que Deus conforte seu coração.
Um grande beijo,
Drii