Hoje a lua me faz lembrarAlgo que há muito esqueciAlgo que me faz pensarAlgo que talvez me faça sorrirHoje a lua veio me lembrarDe canções em linguas mortasDe coisas que me fazem amarE outras que me tornam tortaLágrimas me escorrem da faceAo ver vidas que não viviE rimando nesse passeTalvez acabe por sorrirHoje a lua me trouxe amorMe me deixou esta herança,Levando embora a dorEla sem querer deixou um pouco... de esperança!
Duas mãos se tocam e formam um serDançando no escuro, brincando de viverDuas criaturas unidas em único espíritoSentindo a felicidade da forma mais puraUm beijo estala o segundo interrompidoUm olhar corta e invade seus segredosMúsica divina, tal como lingua dos anjosCorta o silêncio que se fazia no vazioO calor invade seus corpos em alegriaUma piada surge nesse momentoMomento sagrado e imaculado!Nada pode os atingir agora...A pele se mistura, os cheios e mazelasRisos e música é tudo que se pode ouvirPois não há nada mais perfeito e divinoNão há nada além de dois seres em unoUm abraço e a uniãoUm beijo e a despedidaHá vida e há morteEstaremos unos em ambos!
Por toda eternidade
"Ninguém quer me magoar,
contudo todo mundo tenta."
- Isso não me impressiona,
Isso apenas me faz sangrar.Me perco nas areias desse desertoOnde o vento se torna meu amigoOnde o sol castiga meu turbanteE onde posso voltar ao meu centroEu caminho sem metas normaisSeguindo o caminho do pensarPra mais tarde estar vaziaE sorrir com olhos fechadosPenso e me perco no delírioUm oásis se mostra para mimMas quero me perder um pouco maisEm meus delírios perfeitosVejo a felicidade e o êxtaseA memória se torna a realidadeE sonhos se misturam ao momentoChoro de tanta euforia por tudoMe agarro em sombrasDanço com a poeiraGargalho com o ventoE o sol castiga...Aos poucos as sombrasque pareciam com rostosComeçam a se desfazerEu grito e soluço forteCorro em direção à minha ilusãoTropeço e caio no mar ferventeTudo que era, se desfaz por completoResta minha boca seca e o purgatório há 2 passos...
Minha rosa desfolha-se...
A primavera consome-se
A gota cai, cheiro de chuva
A gota cai, o cheiro de sangue!
O vento toca as minhas pétalasMe sinto só diante de minha sinaEstarei sozinha por quanto tempo?Sorrio num instante de insanidadePara confundir a guerra que crieiPara deixar iluminar a escuridãoQue se abate dentro de minha alma- Mas o medo não impedirá de tentarAs tentativas não evitarão quedas,As quedas não me farão ajoelhar,Os joelhos me farão levantar! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (e gritar)
Acreditarei eu, no brilho das estrelasComo uma criança acredita no amorLutarei contra todos meus demôniosEm busca de meu único anjo... únicoEnquanto sorrio o tempo passa impetuosoE o instante se esvai como areia nos dedosSou só uma rosa vermelha ao vento novamenteSangrando diariamente sob os olhos de todos...