terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vazio


















Um nada tornaste as palavras,
Assim como os toques doces
E cada lágrima dos sorrisos
Que os amantes emitiam ao amar.

Tudo se perpetuará um vazio,
Como se eu fosse apenas idéia,
Apenas uma pequena vaga lembrança.
Sem vontade, sem amor... sem nada!

Papel amassado entre as mãos,
Silêncio feito de todos gritos
E todas canções ecoadas na mente
Que jamais cantarei novamente.

E dentre todo nada, vazio e silêncio,
Uma pétala cairá sobre suas mãos sujas
Criando um mínimo sentimento de desconforto:
Esse vazio que carregas, outrora fora preenchido.

Um comentário:

Matti Lioncourt de Romanus disse...

"E dentre todo nada, vazio e silêncio,
Uma pétala cairá sobre suas mãos sujas
Criando um mínimo sentimento de desconforto:
Esse vazio que carregas, outrora fora preenchido."

Simplesmente perfeito, Dany! Mais do que o sentimento de desconforto, pode surgir um sentimento muito forte de perda. Perda de algo muito belo e, de certa forma, frágil que teve entre as mãos e não soube cuidar.